segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O velho maldito


Ele é como um fantasma, algo grotesco, sem alma. Aquele ser que habitava aquele casarão fechado que nunca era visto conversando com ninguém e que morríamos de medo quando éramos crianças.
Algumas décadas antes este velho ainda trabalhava, sempre de cara fechada dentro de um terno preto. Ia embora num carro escuro, a única coisa clara que se via era seus cabelos brancos. Ele nunca deixou que um menor abandonado lavasse seu pára-brisa ou deu ajuda a alguém, nem mesmo aos seus pulmões, que sempre estavam sufocados em fumaça de charuto. O sucesso era a Lei.
Achávamos que tal ser não nascera, surgira de alguma masmorra. “Como é possível alguém ser assim?”, pensávamos...
Enfim, hoje são nossos cabelos que estão brancos e aprendemos a não julgar alguém, descobrimos vivendo todos esses anos muitas respostas e que perdas podem fazer isso. Pouco a pouco, como um relógio de areia, vamos esvaziando, perdendo todo o senso de humor, o amor pode se esfriar completamente.
Hoje sabemos que tal velho fora criança um dia sim, um dia sorrira. Porém, os caminhos utilitários e capitalistas que escolhera, e que muitos dos nossos também, inevitavelmente nos torna assim...
Eu não acredito em mágica, a vida é automática. Siga caminhos de paz, lembre-se você sempre é fruto de suas escolhas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Viver sem saber!


A brisa suave conduz
Sua pureza e leveza nos trás luz

Sentir o brilho do Sol sem face severa
Sentir este brilho com face sincera

As flores ainda nascem nos sertões
Suas pétalas trazendo paz aos nossos portões

Nada impede a vida de aparecer
Nada impede o amor de florescer

A natureza canta eternamente
Sons que não podem sair de nossa mente

Porque nada proíbe uma borboleta nascer
Porque nada nos proíbe de crescer

Vamos seguir as pegadas de sorrisos
Vamos nos encher de risos

Mantenha seus olhos como crianças
Para que tudo seja uma descoberta de esperança

Alma de criança é viver
Viver sem saber, sem um dia morrer.