sábado, 28 de agosto de 2010

Ditatortura


De todas as dores,
a minha dor é a mais forte

De todos os sonhos,
os meus sonhos são os mais utópicos

De todos os cansaços,
o meu cansaço é o mais intenso

De todos os tempos,
o meu tempo é o mais longo

De tudo que conheço,
na verdade não conheço

De todos os sofrimentos,
meu sofrimento é o mais opressor

De todas as noites,
essa noite é a mais fria

De toda a solidão,
a minha solidão é companhia

De toda a escuridão,
a minha escuridão é a mais densa

De todas coisas que tenho,
as que não tenho, são mais presentes em mim.