sexta-feira, 26 de maio de 2017

REVISTA ÍNTIMA VEXATÓRIA E AGRESSÃO POR PARTE DA PMMG

REVISTA ÍNTIMA VEXATÓRIA E AGRESSÃO POR PARTE DA PMMG. AJUDEM!

Presenciei TRÊS viaturas da PMMG (números 23534, 23535 e 23224 1º Batalhão), por volta de QUINZE policiais, intimidando, agredindo e torturando uma MORADORA DE RUA, entre outros indivíduos, na AV. SANTOS DUMONT, 609 – entre Rua São Paulo e Rua Curitiba – Belo Horizonte - MG. Dia 25/05/2017.

Eles estavam a cercando, não deixando ninguém chegar perto – inclusive presenciei um dos militares empurrando para longe um transeunte que estava observando as agressões. Um deles começou a gritar palavras de baixo calão no rosto da moradora de rua, depois a segurou pelos cabelos e sacudiu violentamente por algum tempo e a atirou contra a parede. Outros a intimidaram com armas de fogo.

Quando vi isso, tentei me aproximar, mas eles bloquearam. Então afastei um pouco e acionei o COPOM 190, da própria PMMG, para denunciar. [O chamado foi registrado por telefone às 20:52, número 04899147].

Em seguida, após encerrar a ligação, me aproximei novamente. Uma policial estava colocando umas luvas de látex e saiu a empurrando para dentro do bar “Zero Hora”, que fica quase na esquina da Av. Santos Dumont com Rua São Paulo, acompanhada por, pelo menos, três policiais homens. Nesse momento, passo pelos outros militares que estavam na porta do bar e entro. A policial estava dentro do banheiro feminino com a moradora de rua. Escuto uns gritos abafados. Depois de uns cinco minutos elas saem, a moradora de rua visivelmente constrangida, mancando, com as roupas fora do lugar (parte despida). Indignado, levanto da cadeira que sentei e vou atrás, até a porta do bar. Olho firme para a policial militar, ela retirando aquelas luvas de “médico” usadas na ação que dispensa comentários, ela percebe e chega ao ouvido da moradora de rua, diz algo, a pobre sai às pressas. E os militares sádicos ficam literalmente rindo do acontecido.

O QUE PODEMOS FAZER PARA CANALIZAR ESSA REVOLTA:

Fui à CORREGEDORIA DA PMMG registrar denúncia formal. Registrei também no “Disque Denúncia” (181) e no Ministério Público. Dessa forma, o relato aqui é uma maneira de me resguardar também e não ficar apenas entre mim e os policiais.

O PRINCIPAL PONTO: FELIZMENTE A AÇÃO CRIMINOSA DESSES POLICIAIS ACONTECEU BEM EM FRENTE À ESTAÇÃO DO MOVE (“São Paulo”), ONDE HÁ CÂMERAS. [O bar também pode ter câmeras, assim como outros estabelecimentos próximos]. PRECISAMOS DE PRESSÃO PARA QUE ELES BUSQUEM AS IMAGENS, o que só com minhas denúncias formais dificilmente irá ocorrer. Quem tem contato com os VEREADORES e DEPUTADOS responsáveis pela Comissão de Direitos Humanos, ou conhece alguém que tenha, leve o caso a eles. Faça o que estiver ao seu alcance, esses policiais envolvidos não têm condições mínimas de estarem nas ruas! Eles não podem ficar sem punição!

Sabemos que esse tipo de abordagem infelizmente não é novidade. Mas, dessa vez, passou de todos os limites! Uma pessoa já fragilizada, em situação de rua, sem ninguém por ela, ainda ter que passar por indescritível momento. E ninguém movendo uma palha contra. Essa situação diz respeito a todos nós! Compartilhe. (Repito, precisamos das imagens das CÂMERAS – entre 20:30 e 21:30).

Um comentário:

  1. Quase 4 MESES após a denúncia, finalmente a Corregedoria “respondeu” na última quinta-feira (21/09/2017). Em suma, disseram que não conseguiram as imagens (imagens essas que eles solicitaram só agora), alegando que as gravações já haviam sido apagadas, e que, portanto, seria minha palavra contra a dos policiais envolvidos, que por sua vez, se quer registraram aquela ação policial que denunciei. Quanto à revista íntima vexatória, simplesmente disseram com a maior naturalidade que “faz parte da orientação averiguar cavidades corporais”. Traduzindo, mais abusos gravíssimos que não dão em nada. É preciso que a corregedoria seja um órgão aparte da PMMG! Não apenas porque ser julgado por colegas pode haver corporativismo, mas também porque a própria demora absurda em responder as denúncias faz de tal, sendo culpa de cada um dos policiais que ali estão ou não, um órgão para inglês ver. Por essas e outras, denúncia em tal órgão só tem um sentido real: não dar a oportunidade de eles alegarem que não sabiam de nada.

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