terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Debate: Carnaval The Walking Dead


EU, MOISÉS: Carnaval é tipo The Walking Dead. Os caras todos zumbis e as mulheres correndo até serem mordidas. E a música vai atraindo geral.

C. M.: Não.

EU, MOISÉS: O carnaval do povão nas ruas sim, a não ser o fato de que os zumbis da tv são mais lentos, não mijam em qualquer lugar e não roubam.

C. M.: Tem gente sem educação sim, mas é uma minoria; fui e gostei; você foi?

EU, MOISÉS: Sim, e em vários locais com minha bike. Discordo totalmente que seja minoria, eu diria que é quase a totalidade.

C. M.: Pois é, neste ponto, discordamos.

EU, MOISÉS: Deixa eu me explicar, quase totalidade é uma hipérbole, até porque são muitos “carnavais”, mas essa analogia que fiz se encaixa ao que é mais comum no carnaval largado de rua, principalmente mais tarde. Não falo dos blocos organizados, não acompanhei nenhum deles ainda (e sinceramente, tenho pouco saco para ficar seguindo o longo fluxo repetitivo deles), que deve ser diferente, até pelo horário que costumam ser. E carnaval tem muitos nichos, dependendo do qual vc estiver ele fica como pano de fundo apenas, não dando uma visão geral da coisa. Por exemplo, se vc sair em um grupo grande de amigos (o que eu não tenho saco tb, diga-se de passagem, rs), fazer aquela rodinha e tal, seu carnaval será a relação com eles; outro exemplo, se vc encontra uma pessoa e fica com ela, mais tempo do que esses beijos só para fazer número, o resto se tornará resto durante esse momento; outro, namoro e carnaval, uma coisa que eu acho que não combina exatamente bem, para dizer o mínimo, tb mudará a perspectiva (provavelmente pelo ciúme, rs), e assim por diante. Enfim, generalizar de forma literal e cabal tudo é sempre exagero, certamente, mas essa é a realidade que sobressai do “baixo carnaval”: zumbis em todos os lugares, brigas por qualquer bobagem, louvor à imbecilidade, mulheres sendo perseguidas (vi duas moças bem bonitas ontem literalmente correndo na Afonso Pena, já meio vazia, que foi essa situação que sobressai encarnada, a cada passo driblando agarrões e puxões – a propósito, já perdi a conta de vezes que interferi contra malucos forçando as meninas os beijar). Mas cada um faz o que achar melhor, minha crítica não é para censurar ninguém, sempre é possível curtir do seu jeito, apesar dos inegáveis pesares, que em muitos casos pode frustrar bastante.

C. M.: Oi Moisés, só critiquei a generalização. No mais, concordo. Tenho participado bastante de variados blocos e estou gostando muito.


L. R.: Eita Moisés Prado Sousa, tá moscando? hahahahaha

EU, MOISÉS: Cara, eu ia ficar calado, mas tenho que render mais, pois não consigo compreender o que leva alguém a usar ad hominem gratuito assim perante argumentos ou frases de efeito que as chocam. Será medo? Será pq quando atacam se veem no espelho para definir o outro? E sem o menor fundamento ainda, se tivesse o mínimo de informação, com essa cabecinha, vc invejaria meu carnaval, mas não vem ao caso. O que mais me espanta ainda, seu comentário infeliz foi após as respostas que dei acima, ampliando o que eu pretendi significar com a frase, que por si só não diz o mínimo respeito à sua “interpretação” rasa e incondizente; poderia ter lido antes de dizer bobagem.

L. R.: Continua mascando, Moisés Prado Sousa. Mas moscando pra caralho. Hahahahahahahha

EU, MOISÉS: Vc já foi mais inteligente.


B. R.: Moisés, pq essa galera não entende é que é exatamente isso que acontece no carnaval. Os zumbis atrás de "carne" se acham no direito de seus abusos. E vc colocou muito bem a expressão " até serem mordidas", pois esses caras simplesmente não aceitam um "não", e ultrapassam qualquer dose do bom senso. Agora eu queria q a mulher que comentou aí dissesse c ela já passou por isso ou se pelo menos c sensibiliza com a situação. Essa galera fica na idéia do carnaval lindo da paz e fecha os olhos prós abusos mais q frequentes q acontecem. Triste posição desse povo.

EU, MOISÉS: A maioria desses caras é composta por manés que não conseguem ficar com uma mulher em nenhuma outra época do ano. No carnaval a coisa é diferente, no mais das vezes não se alonga muito uma conversa antes do beijo, em muitos casos um olhar basta, mas esses verdadeiros lixos humanos confundem as coisas, confundem atitude com estupro, cantada com assédio, agarrões com personalidade, não permissão com timidez, insistência com agressão. É o fim do mundo! Aquela propaganda da Skol mesmo, do rapaz dizendo o “comentário quadrado” que no carnaval tem que chegar pegando, infelizmente a maioria do que eu chamei de “baixo carnaval” concordaria com ele. Eu não consigo entender como uma pessoa pode sentir bem beijando alguém que está com nojo de vc. Essa situação infelizmente é tão presente que se não fosse o fato de que muitas garotas preferem “aceitar” o beijo forçado do que gritar e chamar a atenção para si, ou ficam com medo do sujeito fazer algo com elas, ou ainda precisam deles para ir embora, se não fosse essas situações e similares, ela seria percebida literalmente por todos de forma assustadora. E fato curioso, a maioria desses vermes só crescem com mulheres, quase todos os casos que interferi eles ficaram com o cú na mão, se bater o pé no chão então parecem o Bolt. Pois é, minha analogia com zumbis tb foi pensada tendo em vista o número de pessoas que não tem um controle mínimo com a bebida e ficam fazendo merda por aí. À noite então, The Walking Dead total! Como eu disse, não nego que há vários “carnavais”, mas essa é a situação que sobressai no carnaval largado de rua. Concordo contigo que é muito triste não se atentar para isso, pois as consequências são pesadas demais. #NãoÉNão

*Reprodução de debate em rede social.

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