domingo, 13 de maio de 2018

Mãe PM que matou assaltante sendo homenageada, sério?!

     Esse caso da mãe policial que matou o assaltante passou todos os limites. Como assim um governador comemora a morte de alguém?! Ainda não estou acreditando. Primeiro, a ação, do ponto de vista tático, foi errada, o que ninguém está comentando, pois não se reage com pessoas sob a mira de um revolver, ainda mais se o tiro não for dado na cabeça; tanto é que o assaltante deu dois tiros ainda, podendo ter acertado as crianças. Depois de atirar, a policial ainda se protege atrás de um carro com gente dentro, colocando, possivelmente, uma mãe e outras crianças em mais risco. Sem contar que o assaltante poderia ter um comparsa, né? E a autopreservação dela também dificilmente estaria em risco ao não reagir, pois um ladrão tem pressa, não fica revirando e conferindo bolsas antes de levá-las, de forma que é praticamente nula a hipótese de ele descobrir que ela era policial, pois a arma estava na bolsa (isso quando levam bolsas, normalmente só pegam celulares, às vezes carteiras, já que dá muito na cara em uma fuga; se fosse o caso dele não levar a bolsa dela, poderia ainda reagir assim que ele desse as costas e ela olhasse ao redor para saber se ele estava só, com o clássico: "pare, se não eu atiro"). Sim, a ação dela, que idiotas estão comemorando como um título, foi um desastre! Pura questão de sorte não termos uma tragédia – e olha que estamos falando de alguém que em teoria recebeu treinamento para isso e trabalha com segurança pública, não você que quer uma arma para pagar de fodão. Um bem material não vale uma vida. Jamais! [Obviamente não estamos indo contra o direito de legítima defesa. Por favor! Mas, se for possível evitar a morte de qualquer pessoa, tal deve ser feito. Pelo que parece, ela dá mais um tiro nele, já ferido e caído ao chão, rendido, com as mãos para cima].
     É muito sério um governador homenagear essa situação, com tal atitude ele está, no mínimo, indiretamente, reforçando a reação equivocada, a guerra de todos contra todos e a pena sumária de morte de excluídos. Não se tira foto sorrindo onde há um ser humano morto. Isso é o que Hannah Arendt chamava de "a banalização do mal". Estamos falando de uma sociedade tão desigual, feita em prol de uma pequena elite, onde quase todas as pessoas estão vivendo uma pressão inominável para sobreviver, a um passo da criminalidade, enquanto enriquecem, com seu trabalho, aqueles que não fazem nada. Esse assaltante poderia estar roubando por não ter como alimentar os filhos. É fácil falar não estando em uma situação assim, longe do inferno que ele pode ter nascido e crescido. Como canta o músico Emicida: "Eu queria te ver lá, tirissa, pra ver onde cê ia enfiar essa merda do seu senso de justiça" (Música: Cê lá faz ideia). Não estou defendendo que as pessoas comecem a assaltar, mas é preciso reconhecer que a abissal desigualdade socioeconômica é o que gera isso, colocando as pessoas sem saída, facilmente. E quando não estão na completa miséria, por completa ignorância, pensam que vão aparecer e/ou conseguir subir, saindo para o ataque. Além disso, muitos estão movidos pelo vício de drogas também, sem ter nada a perder, outro ponto que não será resolvido à bala.
     Enfim, só não tem mais gente atacando e roubando pessoas assim, por medo, de ser preso ou acabar morto, ou ainda de deus. Solução para esses casos não é execução sumária, não é pena de morte e muito menos cada um ter uma arma na cintura (vai fazer o que, frente ao elemento surpresa?). Não seja esse cara que não enxerga um palmo à frente do nariz, que só se informa pelos programas dos Datenas da vida.

7 comentários:

  1. Ela fez muito bem, agiu perfeitamente!! Viva a Policia Militar!! Se você gosta de bandido, leve para a sua casa! lol

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  2. REPRODUÇÃO DA DISCUSSÃO GERADA NO MEU FACEBOOK PARTE 1/3:

    J.L.B.: Caro Moisés, eu tive uma arma apontada para minha cabeça às 6:20 da manhã quando estava a caminho da escola, eu indo trabalhar, e bandido já estava trabalhando, que ironia. Deste dia em diante bato palmas para cada policial ou qualquer cidadão que mata um bandido, é um a menos para ser preso e o juiz mandar soltar.

    EU, MOISÉS: mas aí vc está vendo a situação de uma forma muito rasa, meu caro. Eu tb já fui assaltado J.L.B., e nem por isso vou levar minha raiva do momento para analisar um problema social. Eu não consigo entender essa maneira de lidar com a questão, nomeando o "bandido" quase como um ser alienígena, que nasce e morre assim, "bandido" pode ser qualquer um de nós, basta ficar desempregado, morando na rua, vendo os filhos passando necessidades, com fome e uma semana sem tomar banho, sendo tratado como lixo invisível que sua opinião muda. Sem contar toda a questão da criação, dos ambientes deploráveis circunscritos, das diversas discriminações, da dependência química, da falta de educação, que moldam pessoas e no mínimo influencia de maneira pesada como elas veem o mundo, muita das vezes com sede de vingança de uma sociedade que sempre as colocou à margem. Quase a totalidade vai para um assalto de rua por necessidade básica imediata, quando não se tem mais nada a perder, e esse problema não vai resolver matando a galera, isso não é solução, isso é extermínio dos pobres e desfavorecidos, nada mais. Não estou defendendo o impunidade, mas trazendo um olhar crítico para não ficarmos presos em pseudo "soluções" simplistas; aplaudir uma ação errada, em todos os sentidos como essa da policial, só nos leva à barbárie. E lembrando, o Estado não existe para vingar.

    E.C.: Um dia ainda vou te entender, Moisés. Não é pq 1 pessoa passa por N dificuldades q ela tende a ir por esse caminho tortuoso. Conheço N país de famílias q passaram por algumas das situações acima citadas por vc, q escolheram ir vender água no sinal, vender bala nos sinais e nos ônibus e etc. Não podemos confundir os transtornos q os problemas sociais nos trazem com falta de caráter. E a propósito eu tem achei a policial mto mal preparada. Ela deu sorte q ali não houve 1 tragédia.

    EU, MOISÉS: Meu caro, E.C., vc pode até discordar, mas não é difícil entender o meu ponto, e algumas coisas simplesmente não dá para negar, mesmo que pense diferente. Eu não disse que todos os que passam dificuldades vão para o crime. O ponto é quem passa dificuldade está mais próximo do crime, quanto mais dificuldade, mais próximo. Isso, além de óbvio, são fatos, basta pegar os números do Ministério da Justiça. Essa situação que vc coloca da pessoa que trabalha no sinal e tal, já é alguém que tem condições pelo menos de tomar um banho, convenhamos, pois dificilmente alguém consegue vender algo estando sujo, e teve que ter um capital antes para bancar a mercadoria tb, o que já tira de jogo muita gente. E o desespero leva as pessoas a fazer os maiores absurdos. Imagina seu filho precisando de um remédio para ontem, por exemplo. Uma vez vi um rapaz, com uma criança no colo e uma mulher grávida na porta de uma farmácia pedindo um pacote de fraudas, fui e voltei e eles no mesmo lugar, por horas suplicando a ajuda de alguém, passando todo tipo de humilhação, a meu ver, curioso é esse sujeito já não ter partido para o mata ou morre! Como eu disse, a verdade é que são barrados pelo medo, afinal, que consideração eles teriam para com essa sociedade que os trata como lixos descartáveis? E não se trata de mal caratismo, nesse ponto é questão de sobrevivência. Mal caráter é muito mais aquele porco capitalista que está lucrando com o suor de semi-escravos, roubando de quem nada tem com a proteção da lei, que nunca vai cometer um crime desses ou qualquer coisa mais branda nesse sentido por ter tido tudo nas mãos desde a mais tenra infância...

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  3. REPRODUÇÃO DA DISCUSSÃO GERADA NO MEU FACEBOOK PARTE 2/3:

    R.B.: Não concordo com sua análise do fato. O bandido criou uma situação que poderia terminar em tragédia. Se ele gerou essa situação, logo qualquer desfecho que vir a acontecer é responsabilidade dele. A policial teve a intenção de salvar vidas. No direito penal a intenção tem grande peso... Vc disse que "Um bem material não vale uma vida" , mas o que estava em jogo era vida de pessoas inocentes pela vida do bandido. Ela evitou a possibilidade de latrocínio.

    EU, MOISÉS: R.B., existe um protocolo da própria PM a ser seguido, e ele não manda o policial reagir tendo pessoas na mira de uma arma, ou ainda se esconder atrás de um veículo com pessoas dentro em um tiroteio. Minha crítica não tem nada a ver com matar um sujeito que coloca em risco eminente inocentes, eu concordo total e completamente com o direito de legítima defesa, por favor! Mas se for fazer, tem que fazer direito. No caso o cara provavelmente pegaria só os celulares, talvez algumas bolsas e carteiras, de forma que ele não saberia que ela era PM, pois na pressa obviamente não ia ficar conferindo o que tem nas bolsas, sendo assim, a hipótese de latrocínio gratuito é praticamente nula. A reação aloprada dela só não se transformou em tragédia por sorte; se ela não tivesse reagido, ou ainda, se o sujeito não levasse a bolsa dela, e ela reagisse após o assalto com o padrão, "pare, se não eu atiro", as chances de não dar merda seriam infinitamente menores. Repito, basta ver o vídeo, questão de pura sorte, o sujeito deu dois tiros após baleado.

    D.F.: Realmente foi muita sorte da policial. Mas bandido armado, com arma na mão indo em direção a crianças e mãe é por si só uma tragédia. Quem tem filhos sabe o desespero! O ladrão podia ter muito motivo e um situação de vulnerabilidade, mas credito a uma nóia danada. Como assim? O noiado em plena luz do dia com um baita trabuco indo em direção a crianças e mulheres. Dou maior crédito, mas realmente é muito difícil não dar os parabéns para a policial que teve muita sorte...Se fosse na escola minhas filhas e estivesse sem armas, eu velhinho e muito longe daqueles tempo de sangue no olho, iria para cima sem pensar. É burrice? É, mas dificilmente agiria racionalmente com minhas filhas sob ameaça clara. Sei, sei, não deve reagir... Mas a porra da natureza colocou um monte de testosterona nas nossas veias e ela age rápido. Há que treinar desarmar os ânimos e acreditar no Estado (estou segurando para não rir), na justiça para tolos, digo, todos. Estamos caminhando para a barbárie com extermínio e ainda pensamos que somos franceses com arma nucleares e com classe média que sabe que que é preciso ações sociais para mitigar um pouco a opção pela violência. Neste cenário, talvez a lógica é um bolsomerda, que fará muita merda e aumentará a ação obscena em favor dos fortes, quem sabe os fracos saiam da apatia e todos mundo se jogue sobre os que os ofendem, humilham, ameaçam, tentem fazer a justiça também com as próprias mãos. Fico pensando... é isto! Se alguém te ameaça e tenta tirar seus bens o que no caso aconselha é sacar sua arma e eliminar-lo. E os políticos que roubam a todos? E os empresários que sonegam, não pagam impostos? E os políticos e economistas, empresários, que roubam no patrimônio nacional através de juros lesa pátria, poços de pre-sal para estrangeiros? O que devemos fazer seguindo o exemplo da policial. Qual é a arma potente para eliminar-los? O voto!? kkkkkkkkkkkk Vamos ler Robert Nozick (ideólogo dos liberais)...

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  4. REPRODUÇÃO DA DISCUSSÃO GERADA NO MEU FACEBOOK PARTE 3/3:

    EU, MOISÉS: Fala, D.F.! Vc disse muitos pontos importantes, comentarei de forma geral. As vezes as pessoas estão tão na defensiva e/ou cegas por ideologias de direita e alienadas pela aparição constante e medonha do Bolsonazi, que confundem tudo. O conservadorismo e o status quo as fazem ver até o que não existe. Evidentemente não estou criticando o direito de legítima defesa, sei que vc não disse isso, mas repito para acabar de vez com esse disparate... Meus pontos são simples, 1º: a ação aloprada dela colocou em maior risco aqueles que ela quis salvar, repito o que respondi acima, se ela não tivesse reagido, ou ainda, se o sujeito não levasse a bolsa dela, e ela reagisse após o assalto com o padrão, "pare, se não eu atiro", as chances de não dar merda seriam infinitamente maiores; um assaltante que busca evadir o mais rápido possível não ia ficar conferindo bolsa por bolsa antes de as levar (se é que as levaria, normalmente eles pegam só celulares), de forma que as chances dele descobrir que ela era policial são praticamente nulas. Sim, é difícil manter o controle, mas não somos treinados para isso, já um policial que não sabe a hora de atirar é o fim do mundo (e tem aos montes por aí). 2º: Um governo de Estado jamais deveria agir como esse governador, há um ser humano morto, como vc disse e eu concordo, provavelmente dependente químico ainda. O que ele vai incentivar com esse exemplo? A guerra de todos contra todos. 3º: Não se pode desconsiderar a desigualdade socioeconômica, pelo contrário, basta abrir os olhos para ver com todas as letras que ela é direta ou indiretamente a causa principal da esmagadora maioria desses males... A questão não tem a ver com "acreditar no Estado", mas sim saber que não reagir é a melhor maneira de comportar em um assalto, já que sua vida está em jogo... Pois é, esses, sobretudo os grandes ricos e os mega empresários desse país, são muito mais "bandidos" do que qualquer ladrãozinho estúpido de celular, que nunca teve oportunidade na vida, e que se não estiver na completa miséria, por completa ignorância pensa que vai aparecer e/ou conseguir subir assim; muita gente quer linchar o ladrão de galinha (uma vez vi uma barbárie no Centro de madruga - pessoas batendo no cara sem nem saber porque, caso para outra hora, mas até a PM estava fingindo de égua para deixar o sujeito ser linchado, eu tive que literalmente cobrar deles uma atitude), pelo prejuízo causado, mas não percebem que eles são roubados todos os dias pelo patrão, que suga o fruto do trabalho deles, dando um rombo diário infinitamente maior, gerando todas as desgraças em cadeia na vida deles. E que é exatamente isso que faz ter mais assaltantes, uma vez que esse sistema gera como mato pessoas que não tem nada a perder. E a verdade é que esses grandes ricos mesmo nem pisam na rua, praticamente estão longe de poderem ser assaltados. O incognoscível "pobre de direita" não se revolta com a sociedade que o massacra e explora, mas quer linchar seu companheiro de classe social por ter feito algo que contraria a lei burguesa, protetora da propriedade privada a qualquer custo, que o "pobre de direita" não tem; dirigem o ódio que deveria ser contra aqueles, ou contra os mecanismos, que os extorqui para os que nada tiveram da sociedade e sempre estiveram jogados à margem. É foda.

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  5. Joca Na Área Nascimento QUERER JUSTIFICAR QUE A POBREZA LEVA O HOMEM ROUBAR, É QUERER JUSTIFICAR O ERRO. E ERRO NÃO SE JUSTIFICA , SE CORRIGE. A ÍNDIA É O PAÍS ONDE A POBREZA E A FOME ASSOLA O POVO. ENTÃO LÁ SERIA O PAÍS MAIS VIOLENTO QUE O BRASIL. E NÃO É.

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    1. Onde eu disse que necessariamente a pobreza leva à criminalidade?
      O que eu mostro é que quanto mais pobre, mais propício a tal, ou vc discorda?! A propósito, além de isso ser óbvio, não se trata de mera opinião, pegue os dados do Ministério da Justiça sobre a população carcerária de qualquer época e veja.

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  6. REPRODUÇÃO DA DISCUSSÃO GERADA NO MEU FACEBOOK PARTE 4:

    D.D.: Meu querido, nesse caso eu meio que discordo... Acho que se um sujeito chega na porta de uma escola infantil apontando arma ele já tem que ser abatido. E rápido. Depois que vi o vídeo completo percebi q a meganha usou o cérebro, afastou uma galera, planejou a ação. Mas era arriscado mesmo assim. O lance é que ela talvez fosse morta na frente das filhas quando o cara descobrisse ela pm. Por isso reagiu. Se tivesse outro cara em uma moto, com é costume, a tragédia não teria tanto destaque e seria um desastre. Acho que foi pensado, mas foi abusivo. Ela pisou no cara caído. Ela ganhou medalhinha e parabéns e tapinha nas costas por ter matado um cara. Então a coisa extrapola a regra e vira sadismo.

    EU, MOISÉS: Sim, mas isso é legítima defesa, e eu não disse nada contra tal. No texto do blog, que é um alongamento desse aqui, fiz questão de deixar claro que concordo plenamente com o direito de legítima defesa para não haver qualquer confusão. Agora, como respondi acima, tal tem que ser feito com inteligência, senão vira tragédia. E mais uma vez, só não foi o caso dessa mãe policial porque ela deu sorte. Eu não vejo ela usando o cérebro, muito pelo contrário, e é nisso que reside minha crítica. Veja bem, sacar uma arma e atirar em alguém que já aponta para pessoas não é bom negócio, não é recomendado por nenhuma força policial (até snipers esperam um momento de distração ou o abaixar da mão do agressor para dar o tiro letal, na cabeça), pois é quase certo que ele atirará também; e no caso em questão, o tiro ainda sendo dado no peito por ela, permitiu o assaltante atirar duas vezes por reflexo, poderíamos ter duas crianças mortas agora! Aí a visão sobre o caso seria completamente outra, até por grande parte desses malucos que estão comemorando como um troféu. Eu tb vi o vídeo completo, que como vc diz, mostra um sadismo grotesco que a tv não passou (além de, sem o embaçamento, ficar claro que ela atira nele mais uma vez, já rendido ao chão), mas não percebo esse planejamento, a princípio imaginei que naturalmente ela olhou ao redor antes de atirar, para saber se haviam comparsas, mas vendo e revendo o vídeo fica claro que não, até porque havia SIM um comparsa! Foi o que a polícia disse depois; não sei por que ele não agiu, mais uma grande sorte que ela deu. Ela colocou pessoas em muito risco, além do momento errado para atirar, ela ainda se protege atrás de um carro com pessoas dentro depois. O ponto então aqui é ele descobrir se ela era pm: de fato, se ele descobrisse, ela provavelmente seria morta, mas é razoável pensar que ele ia descobrir? Será que um assaltante ia ficar parado conferindo o conteúdo de bolsa por bolsa antes de levá-las? Isso se levar, o que já é muito improvável, pois dá na cara em uma fuga. E se ele fosse um lunático e começasse de fato a revistar bolsa por bolsa, seria aí então um melhor momento para ela reagir, enquanto distraído ele revistasse uma das mães. Mas que fique claro, essa situação de revista de várias pessoas em plena luz do dia beira a ficção. Tomando como base a maioria dos assaltos, se ela não tivesse reagido, ele provavelmente pegaria meia dúzia de celulares e sairia correndo o mais rápido possível. Em uma palavra, a não reação dela teria muito menos chances de dar merda. Ou ainda, ela poderia, após certificar que ele estava só (o que não seria o caso nesse exemplo, mas apenas para apontar uma hipótese mais cabível em situações semelhantes), uma vez que ele não tivesse levado as bolsas, falar o clássico “pare, senão atiro”, assim que ele virasse de costas e desse distância das pessoas. Claro que na hora a adrenalina sobe e nem tudo será o mais racional, mas um policial deve ser treinado para isso, saber a hora de atirar é o básico, pois reagir e ter sucesso são duas coisas totalmente diferentes. Enfim, a ação dela foi toda errada, a sorte evitou a tragédia, não ela. E a comemoração depois então, nem se fala!

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