EU, MOISÉS: Carnaval é tipo The Walking Dead. Os
caras todos zumbis e as mulheres correndo até serem mordidas. E a música vai
atraindo geral.
C. M.:
Não.
EU, MOISÉS: O
carnaval do povão nas ruas sim, a não ser o fato de que os zumbis da tv são
mais lentos, não mijam em qualquer lugar e não roubam.
C. M.: Tem
gente sem educação sim, mas é uma minoria; fui e gostei; você foi?
EU, MOISÉS: Sim,
e em vários locais com minha bike. Discordo totalmente que seja minoria, eu
diria que é quase a totalidade.
C. M.: Pois
é, neste ponto, discordamos.
EU, MOISÉS: Deixa
eu me explicar, quase totalidade é uma hipérbole, até porque são muitos
“carnavais”, mas essa analogia que fiz se encaixa ao que é mais comum no
carnaval largado de rua, principalmente mais tarde. Não falo dos blocos
organizados, não acompanhei nenhum deles ainda (e sinceramente, tenho pouco
saco para ficar seguindo o longo fluxo repetitivo deles), que deve ser
diferente, até pelo horário que costumam ser. E carnaval tem muitos nichos,
dependendo do qual vc estiver ele fica como pano de fundo apenas, não dando uma
visão geral da coisa. Por exemplo, se vc sair em um grupo grande de amigos (o
que eu não tenho saco tb, diga-se de passagem, rs), fazer aquela rodinha e tal,
seu carnaval será a relação com eles; outro exemplo, se vc encontra uma pessoa
e fica com ela, mais tempo do que esses beijos só para fazer número, o resto se
tornará resto durante esse momento; outro, namoro e carnaval, uma coisa que eu
acho que não combina exatamente bem, para dizer o mínimo, tb mudará a
perspectiva (provavelmente pelo ciúme, rs), e assim por diante. Enfim,
generalizar de forma literal e cabal tudo é sempre exagero, certamente, mas
essa é a realidade que sobressai do “baixo carnaval”: zumbis em todos os
lugares, brigas por qualquer bobagem, louvor à imbecilidade, mulheres sendo
perseguidas (vi duas moças bem bonitas ontem literalmente correndo na Afonso
Pena, já meio vazia, que foi essa situação que sobressai encarnada, a cada
passo driblando agarrões e puxões – a propósito, já perdi a conta de vezes que
interferi contra malucos forçando as meninas os beijar). Mas cada um faz o que
achar melhor, minha crítica não é para censurar ninguém, sempre é possível
curtir do seu jeito, apesar dos inegáveis pesares, que em muitos casos pode
frustrar bastante.
C. M.: Oi
Moisés, só critiquei a generalização. No mais, concordo. Tenho participado bastante
de variados blocos e estou gostando muito.
L. R.:
Eita Moisés Prado Sousa, tá moscando? hahahahaha
EU, MOISÉS: Cara,
eu ia ficar calado, mas tenho que render mais, pois não consigo compreender o
que leva alguém a usar ad hominem gratuito assim perante argumentos ou frases
de efeito que as chocam. Será medo? Será pq quando atacam se veem no espelho
para definir o outro? E sem o menor fundamento ainda, se tivesse o mínimo
de informação, com essa cabecinha, vc invejaria meu carnaval, mas não vem ao
caso. O que mais me espanta ainda, seu comentário infeliz foi após as respostas
que dei acima, ampliando o que eu pretendi significar com a frase, que por si
só não diz o mínimo respeito à sua “interpretação” rasa e incondizente; poderia
ter lido antes de dizer bobagem.
L. R.: Continua
mascando, Moisés Prado Sousa. Mas moscando pra caralho. Hahahahahahahha
EU, MOISÉS: Vc
já foi mais inteligente.
B. R.:
Moisés, pq essa galera não entende é que é exatamente isso que acontece no
carnaval. Os zumbis atrás de "carne" se acham no direito de seus
abusos. E vc colocou muito bem a expressão " até serem mordidas",
pois esses caras simplesmente não aceitam um "não", e ultrapassam
qualquer dose do bom senso. Agora eu queria q a mulher que comentou aí dissesse
c ela já passou por isso ou se pelo menos c sensibiliza com a situação. Essa
galera fica na idéia do carnaval lindo da paz e fecha os olhos prós abusos mais
q frequentes q acontecem. Triste posição desse povo.
EU, MOISÉS: A maioria
desses caras é composta por manés que não conseguem ficar com uma mulher em
nenhuma outra época do ano. No carnaval a coisa é diferente, no mais das vezes
não se alonga muito uma conversa antes do beijo, em muitos casos um olhar
basta, mas esses verdadeiros lixos humanos confundem as coisas, confundem
atitude com estupro, cantada com assédio, agarrões com personalidade, não
permissão com timidez, insistência com agressão. É o fim do mundo! Aquela
propaganda da Skol mesmo, do rapaz dizendo o “comentário quadrado” que no
carnaval tem que chegar pegando, infelizmente a maioria do que eu chamei de
“baixo carnaval” concordaria com ele. Eu não consigo entender como uma pessoa
pode sentir bem beijando alguém que está com nojo de vc. Essa situação
infelizmente é tão presente que se não fosse o fato de que muitas garotas
preferem “aceitar” o beijo forçado do que gritar e chamar a atenção para si, ou
ficam com medo do sujeito fazer algo com elas, ou ainda precisam deles para ir
embora, se não fosse essas situações e similares, ela seria percebida
literalmente por todos de forma assustadora. E fato curioso, a maioria desses
vermes só crescem com mulheres, quase todos os casos que interferi eles ficaram
com o cú na mão, se bater o pé no chão então parecem o Bolt. Pois é, minha
analogia com zumbis tb foi pensada tendo em vista o número de pessoas que não
tem um controle mínimo com a bebida e ficam fazendo merda por aí. À noite
então, The Walking Dead total! Como eu disse, não nego que há vários
“carnavais”, mas essa é a situação que sobressai no carnaval largado de rua.
Concordo contigo que é muito triste não se atentar para isso, pois as
consequências são pesadas demais. #NãoÉNão
*Reprodução de debate em rede social.
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