segunda-feira, 2 de maio de 2022

Minha redação do concurso para Policial Penal (SEJUSP-MG). Nota 95!

PROVA DE REDAÇÃO DA SEJUSP-MG, EDITAL Nº 002/2021.

“A luta pelos direitos humanos abrange a luta por um estado de coisas em que todos possam ter acesso aos diferentes níveis da cultura. A distinção entre cultura popular e cultura erudita não deve servir para justificar e manter uma separação injusta, como se do ponto de vista cultural a sociedade fosse dividida em esferas incomunicáveis, dando lugar a dois tipos incomunicáveis de fruidores. Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito.” (Antônio Cândido. Adaptado: Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011).

     Considerando os textos lidos nessa prova e o trecho acima, solicita-se que o(a) candidato(a) redija em, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas, um texto dissertativo-argumentativo acerca do seguinte tema:

A arte pode exercer um papel importante na socialização e na promoção dos direitos humanos?

     No Brasil, a ignorância sobre o que vem a ser os Direitos Humanos é brutal. Além do desconhecimento, muitos, mesmo dentre aqueles mais vulneráveis socialmente, tecem críticas e se tornam verdadeiros inimigos dos “direitos humanos”, sem ter a menor ideia do que estão falando. Da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a maioria, lamentavelmente, só conhece o nome. Esse problema pode e deve ser corrigido.
     Hoje em dia, o jargão infame “direitos humanos para os manos direitos” tem sido ecoado em todas as plataformas de comunicação. Nada mais contraditório ao que são, de fato, os Direitos Humanos: direitos adquiridos ao nascer. É preciso levar a informação correta para as pessoas.
     Um dos meios para a promoção dos Direitos Humanos é a arte. Ela é também fator de suma importância na socialização dos indivíduos. O cinema, o teatro, a literatura, a poesia, a música, as exposições e similares, educam. Mostram toda a diversidade cultural que existe, enriquece a visão de mundo dos indivíduos. Sendo, assim, ferramenta para desenvolver a consciência de si e do outro. Contribuindo, ao fim e ao cabo, para o entendimento e a defesa dos Direitos Humanos.
     As noções basilares para a DUDH: a igualdade, a liberdade e a fraternidade, são potencializadas com a arte. E, vale lembrar, que o acesso à arte e, portanto, ao lazer, também fazem parte das próprias cartas sobre direitos humanos.
     Antônio Cândido diz, no trecho em destaque, sobre a falta de acesso de muitos, e, podemos afirmar, da maioria, aos diferentes níveis de cultura. Saber disso, que esse acesso é um direito humano, fará toda diferença. A diversidade cultural não deve ser fonte de separação, mas convite ao outro humano diverso.

PS: Fiquei com 95/100 pontos! Perdi 5 pontos apenas em morfossintaxe. (Link).

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